A região Sul do país conta com diversas opções apaixonantes para você passar suas férias. Com ótima qualidade de vida e considerada uma das cidades mais arborizadas e limpas de todo o Brasil, a cidade paranaense de Maringá é, definitivamente, um lugar que você deve considerar conhecer.
Sua história de origem e desenvolvimento é bastante diferenciada, e, como o município foi urbanizado só recentemente, traz muitas áreas verdes bem conservadas e que merecem ser visitadas.
Terceira maior cidade do estado do Paraná e sétima maior da região Sul do Brasil quando consideramos o número de habitantes, quem compra uma passagem para Maringá encontra uma cidade de porte médio-grande que respira cultura e história até mesmo em seu nome.
Quer saber mais sobre essa cidade fascinante e as atrações que prometem dar origem a um roteiro de viagem inesquecível? Então, continue a leitura e prepare-se para se apaixonar por Maringá!
A história e as origens da modernista Maringá
Maringá é uma cidade planejada concebida pelo urbanista Jorge Macedo Vieira, que deu a ela os traços do estilo modernista de acordo com os princípios estabelecidos pelo pré-urbanista Ebenezer Howard para uma cidade-jardim.
Esse objetivo foi um pouco desviado por causa do crescimento acelerado pelo qual o município vem passando nas últimas décadas, mas essa origem verde certamente continua presente na região, que mantém índices elevados de qualidade de vida e preserva grandes áreas de mata nativa e de floresta, que vamos apresentar mais para frente. Há, ainda, extensas áreas particulares e áreas de conservação repletas de verde.
Durante a construção da cidade, os operários, enquanto trabalhavam, cantavam com regularidade a canção “Maringá, Maringá”, do médico e compositor Joubert de Carvalho. Foi daí que surgiu o nome de Maringá. Lenda urbana? Que nada! A história está registrada na placa da Rua Joubert de Carvalho, onde está escrito “Compositor da música que deu o nome à cidade”. Incrível, não é?
A decisão de construir tal cidade aconteceu por causa da colonização do Norte do Paraná, iniciada no século XIX. Até então principalmente mata atlântica, a região chamou a atenção de produtores rurais dos estados de São Paulo e Minas Gerais por causa da “pedra roxa” presente ali.
Chamada de “terra rossa (vermelha)” em italiano, trata-se do resultado da decomposição do basalto e é extremamente fértil. Pela abundância dessa terra vermelha, os maringaenses carinhosamente se denominam “pés-vermelhos”.
Após uma visita da Secretaria de Tesouro do Reino Unido, em 1923, a região passou a interessar também aos ingleses. Foi criada, então, o Brazil Plantation Sindicate, visando fomentar a plantação de algodão no local. Mais tarde, o sindicato tornou-se parte da Companhia de Terras Norte do Paraná, que estabeleceu quatro núcleos urbanos: Londrina, Maringá, Cianorte e Umuarama.
A ideia é que essas cidades, localizadas a cerca de 100 km de distância umas das outras, fossem conectadas por uma ferrovia. Entre elas, a cada 15 km, seriam estabelecidos municípios menores.
Nesse contexto, o projeto para Maringá foi proposto em 1943 por Jorge de Macedo Vieira, urbanista paulista que seguiu o conceito de cidade-jardim, como já mencionamos. Portanto, o município contava com largas avenidas, áreas de paisagismo e ruas que respeitam ao máximo a inclinação natural do relevo.
A data oficial da inauguração de Maringá, na qual a cidade comemora seu aniversário, é 10 de maio de 1947. Planejada para comportar até 200 mil habitantes, Maringá desenvolveu-se para além de seu planejamento original ao longo das décadas e, hoje, tem pouco mais de 417 mil moradores.
Por ter sido proposta com um viés ambientalista e modernista, a flora de Maringá é rica e diversificada. Altamente arborizada e florida, a cidade é considerada uma das mais verdes do mundo todo — há uma área verde de 26,65 m² por habitante.
Ao longo de sua história, Maringá recebeu muitos imigrantes japoneses, cuja cultura mostra-se bastante presente na cidade. A região também tem forte influência dos imigrantes alemães, italianos, portugueses, poloneses, espanhóis, ucranianos, árabes e judeus.
Onde fica e como chegar até Maringá
Localizada na região Norte Central Paranaense, Maringá tem um clima tropical com estação seca.
Ela é cortada pela linha do Trópico de Capricórnio, o que faz com que a cidade tenha a influência de diversos fatores macroclimáticos que movimentam as massas de ar durante os meses do verão. Já no inverno, as massas de ar frio da frente polar são recorrentes, fazendo com que geadas aconteçam de duas a três vezes a cada ano.
Com estações bem marcadas e níveis de chuva que não mudam muito ao longo dos meses, Maringá pode ser visitada tranquilamente em qualquer época do ano.
Mas se prepare! Na região Sul do Brasil, os verões são quentes, e pode fazer bastante frio no inverno. Apesar de Maringá ter temperaturas mínimas no inverno de 13° C a 14º C, há dias em que a temperatura se aproxima do zero. Então, confira a previsão do tempo antes de viajar, para não errar na hora de fazer as malas.
Para chegar, o mais fácil e prático é comprar uma passagem para Maringá e ir de avião! A cidade conta com um aeroporto para voos domésticos, o Aeroporto de Maringá, inaugurado no ano 2000 e localizado na própria cidade.
As melhores atrações de Maringá
Enquanto você se deslumbra com as árvores, flores e cores mescladas à vida urbana de Maringá, a cidade oferece diversas atrações incríveis que não podem ficar de fora do seu roteiro de viagem. Acompanhe agora as melhores sugestões que separamos para você!
1. Parque do Ingá
Localizado bem no coração de Maringá, em um local particularmente verde e com um pequeno córrego — conhecido como Córrego das Lavadeiras —, o Parque do Ingá é considerado um dos “pulmões” da cidade e estende-se por 474 mil metros quadrados. Inaugurado em 1970, ele foi declarado como uma área de preservação em 1991.
Pavimentado e muito bem preparado para receber os visitantes, o espaço conta, ainda, com um lago artificial, pista de caminhada, academias ao ar livre, jardim japonês e um píer com pedalinhos e lanchonete. O jardim japonês foi inaugurado em 1978 como uma homenagem ao príncipe do Japão Akihito quando ele visitou a cidade.
O Parque do Ingá fica aberto para visitação de terça-feira a domingo, das 8h às 17h. A região ao redor do parque, localizado na movimentada Avenida São Paulo, fica fechada para o trânsito aos domingos, o que torna o lugar um espaço ainda mais agradável e importante para os moradores de Maringá e, é claro, para todos que visitam a cidade paranaense.
Unindo o turismo e o lazer à preocupação ambiental e à conservação, o Parque do Ingá abriga também o Museu Biológico do Parque do Ingá, onde você pode conferir um rico acervo de fungos, vegetais, rochas, insetos e exemplares da fauna e da flora da região. Imperdível!
2. Parque do Japão
Outro espaço incrível para um agradável passeio é o Parque do Japão. Quase como um pedacinho da zona rural de Maringá em plena cidade, o Parque do Japão traz paisagens memoráveis, como lago com peixes ornamentais e decoração, construções e jardins inspirados na cultura japonesa.
O espaço é muito bem organizado e decorado, o que garante uma visita especial. Além dos lagos, onde os visitantes podem alimentar os peixes se comprarem a ração adequada vendida ali, há também teatro, sala de eventos, ginásio esportivo, casa de chá, praça de alimentação, restaurante japonês, um bosque de cerejeiras, o Museu da Imigração e o maior jardim japonês fora do Japão!
Esse parque foi inaugurado em 2014 como uma homenagem aos imigrantes japoneses, que ajudaram a transformar Maringá na cidade que ela é hoje. O local estende-se por 100 mil m².
Se você for para Maringá na época do Natal, não pode deixar de ir até o Parque do Japão à noite. Nesse período do ano, o parque estende suas horas de visitação em algumas datas e é todo decorado para celebrar a data, além de abrigar alguns eventos culturais.
3. Catedral Basílica Nossa Senhora da Glória
Essa belíssima construção é um dos principais cartões-postais de Maringá. Não é à toa: sua arquitetura em formato de cone, com 124 metros de altura, é bastante diferenciada. Os vitrais da Catedral complementam a construção, que fica ainda mais bela quando recebe a sua iluminação noturna.
A Catedral Basílica Nossa Senhora da Glória deve fazer parte do seu roteiro não apenas por ser a construção mais icônica da cidade, mas também porque é lá que você vai encontrar a nossa próxima sugestão!
4. Passeio de jardineira
Um ótimo e prático jeito de ver bastante da cidade é fazer um passeio de jardineira. O city tour por Maringá acontece aos sábados, domingos e feriados, saindo às 15h da Catedral. A jardineira tem capacidade para 32 passageiros, o ingresso custa R$ 2 por pessoa, e os passeios duram cerca de duas horas. Especialmente se você tiver pouco tempo em Maringá, não deixe de aproveitar essa oportunidade!
5. Mercadão de Maringá
O Mercadão de Maringá foi estabelecido em 2009 no prédio que abrigou o primeiro armazém de secos e molhados do município. O local reúne mais de uma centena de boxes onde você pode encontrar de tudo relacionado à culinária, com ingredientes tanto nacionais quanto importados: cervejas, vinhos, queijos, carnes, temperos, especiarias, frutas típicas e exóticas, doces, peixes…
Os arredores do Mercadão de Maringá também são muito agradáveis. Então, antes ou depois de se perder pelos corredores e de fazer suas compras, aproveite para dar uma caminhada também no Largo Jorge Amado, bem ao lado do Mercadão. Esse espaço também recebe eventos culturais e artísticos.
6. Museu Dinâmico Interdisciplinar
Conhecido também apenas como MUDI, o Museu Dinâmico Interdisciplinar é apenas o maior museu dedicado às ciências de todo o estado do Paraná!
Inaugurado em 1985 pela Universidade Estadual de Maringá (considerada uma das melhores do país), o espaço reúne um acervo incrível com exposições relacionadas a paleontologia, física, matemática, geografia, zoologia e muito mais. Lá, você também vai conhecer melhor a história de Maringá. Para tirar dúvidas e aprender ainda mais, é só conversar com um dos monitores.
Por ter diversas atrações interativas e ser um espaço de divulgação do conhecimento científico para todos, o MUDI é ideal para pessoas de qualquer idade e uma ótima opção de entretenimento educativo para as crianças. O museu fica dentro do campus da UEM, e a entrada é gratuita! Mas fique atento: o museu abre apenas de terça a sexta-feira.
7. Parque Alfredo Nyffeler
Outro dos principais espaços verdes planejados para os moradores e visitantes de Maringá, o Parque Alfredo Nyfeller foi estabelecido em 1988 com o objetivo de revitalizar uma área degradada e para proporcionar proteção à nascente do Ribeirão Morangueiro.
O parque conta com 104 mil m² de extensão e tem lago artificial, campo esportivo para futebol suíço e rúgbi, parque infantil, mirante e pista de corrida e caminhada. Na entrada do parque, há uma escadaria de onde é possível ter uma visão panorâmica de toda a extensão do lugar.
8. Templo Budista Jodoshu Nippakuji
O imponente templo tem dois pavimentos, ocupa uma área de 688 m² e foi inaugurado em 1983. Todo construído em peroba utilizando a tradicional técnica japonesa de encaixe, sem pregos ou parafusos, o templo tem, em seu interior, a imagem de Buda Amida, conhecido como o “Buda da Luz e das Vidas Infinitas”.
Outra atração especial do Templo Budista Jodoshu Nippakuji é o sino de 900 quilos trazido diretamente do Japão. Localizado no jardim externo do local, ele é tocado somente antes das celebrações realizadas ali e também para anunciar a chegada de um novo ano.
Viu só? Muitos não conhecem a história do planejamento e do desenvolvimento de Maringá ou sequer imaginam que o Paraná conta com uma das cidades mais verdes do país. Fascinante também por sua consciência e respeito ambiental e por sua cultura diversificada, comprar uma passagem para Maringá certamente deve fazer parte dos seus planos. Boa viagem!