Biopesca recolhe duas tartarugas e uma toninha em praias do litoral de SP

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A equipe do Instituto Biopesca recolheu duas tartarugas da espécie cabeçuda e uma toninha juvenil macho, neste domingo (17), em praias da Baixada Santista, no litoral de São Paulo. Segundo o Instituto, o avançado estado de decomposição dos animais não possibilitou a determinação da morte logo após o recolhimento, por isso, amostras biológicas foram recolhidas para esta finalidade.

Segundo informado ao G1 pelo Biopesca, a primeira tartaruga foi recolhida às 12h45 em Praia Grande, a segunda às 13h57 próximo a Mongaguá, e a toninha foi encontrada às 18h12 também na divisa entre as duas cidades.

Todos os recolhimentos foram realizados após a equipe do Instituto ser acionada por populares e guarda-vidas, que passavam pelas praias onde as espécies apareceram. O Biopesca afirma que é comum o aparecimento dessas espécies nas praias da região.

De acordo com o Instituto, a toninha é a espécie de golfinho mais ameaçada do Brasil e menos conhecida. Por ser pequena e tímida, costuma viver em águas costeiras e corre riscos constantes devido às atividades humanas, como a presença de lixos no oceano, poluição, e interação com a atividade pesqueira, que é uma das principais causas de morte das toninhas.

Golfinho da espécie toninha foi recolhido pelo Instituto Biopesca em praia que faz divisa com Praia Grande e Mongaguá — Foto: Divulgação/Instituto Biopesca

Golfinho da espécie toninha foi recolhido pelo Instituto Biopesca em praia que faz divisa com Praia Grande e Mongaguá — Foto: Divulgação/Instituto Biopesca

Já as tartarugas da espécie cabeçuda estão mais presentes no Espirito Santo, Bahia, Sergipe e litoral norte do Rio de Janeiro. Segundo o Biopesca, a justificativa para o encalhe em Praia Grande é de que elas provavelmente foram trazidas pelas condições do mar. No Brasil, as tartarugas dessa espécie estão ameaçadas de extinção, e as principais causas são as captura por redes de pesca e a poluição marinha.

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras PMP-BS, uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

O projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. Na Baixada Santista, o Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, a população pode entrar em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

Duas tartarugas-cabeçuda foram recolhidas em praias da região sem vida  — Foto: Divulgação/Instituto Biopesca

Duas tartarugas-cabeçuda foram recolhidas em praias da região sem vida — Foto: Divulgação/Instituto Biopesca

 

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