Quem visita as cidades históricas brasileiras pode se sentir em uma viagem pelo tempo, principalmente de volta ao período colonial. É que esses lugares se ergueram em meio à extração do ouro, do diamante e da cana-de-açúcar e, mesmo depois do término da exploração desses recursos, foram capazes de guardar a maior de todas as riquezas: a história.
Ficou interessado no assunto? Então continue lendo este post. A seguir, listamos 11 cidades históricas brasileiras perfeitas para quem busca roteiros culturais inigualáveis!
Diferentemente da maior parte das cidades históricas brasileiras, a capital do Maranhão foi colonizada por franceses. Navegadores de Cancale e Saint-Malo, comunas europeias, decidiram se estabelecer na região durante o século XVII. E é daí que vem o nome da cidade, uma homenagem ao então líder francês, Rei Luís XIII.
Na época da colonização, a economia local era baseada na plantação e na exportação de cacau, tabaco e cana-de-açúcar. De lá para cá, muita coisa mudou, e o que sobreviveu ao efeito do tempo foi, basicamente, o centro histórico — que também conta com influências espanholas, holandesas e portuguesas.
Parte dos 4 mil imóveis preservados no centro de São Luís são reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) como patrimônio cultural da humanidade.
De avião: há voos diários que partem das principais capitais do país.
De ônibus: as empresas Gontijo, Itapemirim e Guanabara têm veículos que partem das principais capitais do país.
De carro: o acesso é feito pela BR-135.
Fundada em 1537, Olinda já foi considerada a capital de Pernambuco (atualmente é Recife). O seu centro histórico, formado por casebres do período colonial, foi tombado como patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO em 1982.
Nessa cidade nordestina, o turista também encontra a mais antiga igreja carmelita do Brasil e belos edifícios, a maior parte deles restaurada depois da invasão dos holandeses durante o século XVIII.
De avião: há voos diários que partem das principais capitais do país para o Aeroporto de Jaboatão de Guararapes, na região metropolitana do Recife. De lá, o táxi é uma opção muito confortável e econômica, já que a capital está a apenas 10 quilômetros de distância.
De carro: o acesso mais comum é feito pela BR-101, em Pernambuco, e, em seguida, pela PE-015.
A primeira capital do país não poderia estar de fora desta lista, certo? Salvador, na Bahia, foi o centro político do Brasil entre os anos de 1549 e 1763. E, graças a isso, a cidade foi um dos polos que contribuíram para a mistura de raças, culturas e religiões que dá tanta vida ao nosso país.
Em 1558, foi fundado o primeiro mercado de escravos da América. Felizmente, acabou a venda de negros chegados da África para os senhores de engenho, e a capital baiana preserva apenas o seu centro histórico com edifícios de mais de 2 andares — tipo de prédio comum entre as cidades coloniais prósperas.
De avião: há voos diários que partem das principais capitais do país para o Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães. De lá, o táxi é uma boa opção, já que o aeródromo fica a 28 quilômetros do centro.
De ônibus: há veículos que partem das principais capitais do país, e a rodoviária fica a 7 quilômetros do centro.
De carro: partindo do norte, o acesso mais comum é pela BR-101 até Estância (em Sergipe) e depois pela SE-368 e pela BA-099 (Linha Verde); partindo do sul, é pela BR-101 ou pela BR-116 até Feira de Santana e depois pela BR-324.
De acordo com os registros históricos, Porto Seguro foi o lugar onde os portugueses desembarcaram e começaram a colonização do Brasil. Justamente por isso, as ruas dessa cidade baiana preservam referências para lá de importantes dessa época.
Por ali estão as ruínas da primeira igreja e da primeira escola construídas em terras brasileiras. E muitas outras construções antigas seguem preservadas, sobretudo na Costa do Descobrimento — região onde dizem que foi realizada a primeira missa do país.
De avião: há voos diários que partem das principais capitais do país para o Aeroporto de Porto Seguro. O táxi é uma boa opção, já que o aeródromo fica a 5 minutos do centro.
De carro: partindo do sul ou do norte, o acesso mais comum é pela BR-101 e depois, em Eunápolis, pela BR-367.
Terra natal do ex-presidente Juscelino Kubitschek (cujo mandato foi de 1956 a 1961) e cidade marcada por uma arquitetura de becos e casarios coloniais e barrocos, Diamantina foi declarada patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO em 1999.
De ônibus: há veículos que partem de Belo Horizonte (8 viagens diárias) e de São Paulo.
De carro: o acesso mais comum é pela BR-367 ou pela BR-259, que se liga à BR-040 na altura de Curvelo, em Minas Gerais.
O conjunto arquitetônico da cidade é impressionante e também foi tombado como patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO. Entre as suas principais atrações estão festivais, passeios de trem até Mariana e um roteiro para conhecer as impressionantes igrejas barrocas, como a Igreja Nossa Senhora do Carmo e a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar.
Vale lembrar que as ruas de Ouro Preto são bem conservadas e fazem parte do dia a dia de vários universitários, que vivem em repúblicas estudantis e ocupam a cidade durante o Carnaval.
De ônibus: há veículos que partem de Belo Horizonte (a cada hora), do Rio de Janeiro (4 viagens diárias) e de São Paulo (2 viagens diárias).
De carro: partindo de Belo Horizonte, o acesso mais comum é pela BR-040 e depois pelo trevo da BR-356; partindo do Rio de Janeiro, pela BR-040 até Conselheiro Lafaiete e depois pela MG-443; partindo de São Paulo, pela BR-381, seguido pela BR-265 no sentido Barbacena, pela BR-040 e, por fim, o mesmo trajeto de quem deixa o Rio de Janeiro.
Como em quase todas as cidades históricas brasileiras situadas em Minas Gerais, o barroco tem forte presença. E, em Congonhas, uma das obras mais importantes desse movimento artístico é a Basílica Bom Jesus de Matosinho.
As esculturas dos 12 profetas — esculpidas em pedra-sabão por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho — dão as boas-vindas aos turistas. Durante a Semana Santa, fiéis ocupam as ruas da cidade com procissões e várias outras homenagens à Paixão de Cristo.
De carro: partindo de Belo Horizonte, o acesso mais comum é pela BR-356 e, em seguida, pela BR-040; partindo do Rio de Janeiro: pela BR-040; partindo de São Paulo, pela BR-381, seguido pela BR-265 e, por fim, pela BR-040.
Antigamente chamada de Arraial Velho de Santo Antônio e de Vila de São José do Rio das Mortes, Tiradentes é uma parada obrigatória em qualquer roteiro de cidades históricas brasileiras, pois se trata de um dos municípios mais bem conservados do país.
O destino valoriza o turismo religioso, principalmente graças às igrejas e ao Museu da Liturgia. No entanto, a visita a Tiradentes pode incluir outros programas, como o passeio de charrete pelas ruas de pedras e uma aventura pela cozinha mineira — há vários restaurantes com gastronomia de excelência na região.
De ônibus: há veículos que partem de Belo Horizonte (3h30 de viagem), do Rio de Janeiro (5h30 de viagem) e de São Paulo (7h30 de viagem).
De carro: partindo de Belo Horizonte, o acesso mais comum é pela BR-040 e, em seguida, pela BR-383; partindo do Rio de Janeiro: BR-040 e, em seguida, pela BR-256; partindo de São Paulo, pela BR-381 e, sem seguida, pela BR-256.
Basta um breve passeio pelo centro histórico para perceber que a colonização portuguesa é a principal influência na arquitetura de São João del-Rei. O município tem casas coloniais, a Ponte da Cadeia e um comércio bem movimentado.
As igrejas também fazem parte do roteiro dos turistas, sobretudo a São Francisco de Assis e a de Nossa Senhora das Mercês. A ferrovia — que nunca parou de funcionar desde a sua inauguração, em 1881! — leva os visitantes até as cidades vizinhas.
De ônibus: há veículos que partem de Belo Horizonte (3h30 de viagem).
De carro: saindo de Belo Horizonte, o trajeto mais comum é pela BR-040. Após Congonhas, pela BR-383 e, por fim, pelo acesso a São João del-Rei.
Dom Pedro Ⅱ ficou tão encantado com o clima da região que decidiu instalar um refúgio de verão por ali. Nada modesta, a construção hoje se chama Museu Imperial e guarda algumas lembranças que datam o período do Ⅱ Reinado.
Além disso, as montanhas da região serrana do Rio de Janeiro estão cheias de pousadas charmosas, que garantem conforto para os turistas que buscam sossego e boa gastronomia.
De ônibus: há veículos que partem do Rio de Janeiro a cada 30 minutos, entre 5h30 e meia-noite (1h30 de viagem).
De carro: partindo do Rio de Janeiro, o acesso mais comum é pela BR-040, que se duplica 20 quilômetros antes da chegada à região serrana.
Em 1667, Paraty foi fundada no entorno da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios. Desde então, o município foi um importante polo econômico com os seus engenhos de cana-de-açúcar.
Hoje em dia, a história é diferente: as ruas de pedra dessa cidadezinha fluminense são palco para a aventura de turistas que querem fazer passeios de barco e ver casas coloniais conservadas.
Vale destacar que é em Paraty que acontece a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), o evento literário mais importante do Brasil.
De carro: partindo do Rio de Janeiro, o trajeto mais comum é pela BR-101 até o trevo de acesso a Paraty; partindo de São Paulo, é pela SP-070, seguido pela BR-116 até o trevo de São José dos Campos, pela SP-099, pela SP-055 e, por fim, pela BR-101 no sentido Ubatuba até Paraty.