As restrições na Grande Florianópolis decretadas para frear o contágio pelo coronavírus são válidas em 17 municípios. As regras estão em vigor desde terça-feira (16) e seguem até o dia 23. Apesar de serem parecidas, há algumas diferenças nas normas decretadas por cada cidade, como sobre permanência na praia e aulas presenciais.
Algumas cidades voltaram atrás em uma decisão acordada pelos 22 municípios durante um encontro na segunda-feira (15). O documento permitia o funcionamento apenas de atividades consideradas essenciais, como supermercados e farmácias entre 18h e 6h.
No entanto, cinco cidades desistiram das regras conjuntas: Canelinha, Nova Trento e Tijucas, que revogaram os decretos publicados entre segunda e terça-feira; e Major Gercino e São João Batista,que anunciaram que nem sequer chegaram a publicar os decretos.
Segundo a Associação dos Municípios da Grande Florianópolis (Granfpolis), nas outras 17 cidades da região as regras estão em vigor. Porém, ao longo da semana, algumas mudanças ocorreram de cidade para cidade. Veja abaixo:
Praias:
Uso de máscara na praias de SC só está dispensado quando as pessoas estiverem na água — Foto: Diórgenes Pandini/DC
Uma das proibições definidas em conjunto vetava a permanência da população nas praias, parques e praças em qualquer horário durante sete dias. Mas a regra foi modificada pela prefeitura de Florianópolis. Agora, o acesso está permitido entre 6h e 18h, assim como determina a regra do governo estadual.
Os demais 16 municípios que permaneceram com o acordo seguem a regra decidida em conjunto sobre este item, com proibição em qualquer horário.
Aulas presenciais
Aulas presenciais devem voltar em nove cidades da Grande Florianópolis
Na reunião conjunta, os municípios decidiram suspender as aulas particulares e públicas. Depois disso, o Ministério Público (MPSC) moveu ações contra as cidades pedindo que o trecho dos decretos que proíbe as atividades nas escolas por sete dias fosse suspenso. A Justiça decidiu acatar pedidos de algumas cidades. Veja abaixo:
As cidades são: Águas Mornas, Alfredo Wagner, Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Biguaçu, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Leoberto Leal, Palhoça, Paulo Lopes, Rancho Queimado, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São José e São Pedro de Alcântara.
As seguintes atividades ficam suspensas das 18h às 6h e só podem funcionar com 25% da capacidade de atendimento:
Estão proibidas as seguintes atividades:
Outras regras:
As restrições não se aplicam aos serviços considerados essenciais. São eles:
A medida foi tomada para tentar frear o avanço da Covid na região, que no estado, é a que mais possui pessoas infectadas pelo vírus desde o início da pandemia e a terceira com mais mortes. O número que pacientes que esperam por leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid também tem crescido.
Essas medidas na região metropolitana da capital catarinense são mais restritivas que as atualmente vigentes no estado, com limite de ocupação e de horários. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) entrou na Justiça pedindo fechamento total de serviços não essenciais e foi determinado que os técnicos de saúde do estado decidissem. Eles descartaram fechamento, mas não descartaram mais restrições.
Santa Catarina ultrapassou na noite de quarta-feira, 9 mil mortes por Covid-19 desde março de 2020. Segundo o boletim divulgado pelo governo do estado, 746.620 foram infectadas pelo novo coronavírus. A taxa de ocupação na UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) é de 97,17%, contando UTI-geral e UTI-Covid. Se considerar os leitos de UTI-Covid para adultos, a ocupação é de 99,12%.