O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, detalhou, no início da tarde desta quinta-feira (9), como será a nova fase de flexibilização das atividades econômicas.
A partir do próximo fim de semana a prefeitura informou que vai multar os banhistas que desrespeitarem a regra de não permanecer nas praias. “Vamos multar a partir desse fim de semana em R$ 107 por crime de desobediência”, advertiu o prefeito.
Inicialmente, Crivella disse que a multa por desobediência era R$ 127. Mas depois a informação foi corrigida pela prefeitura. O valor correto da multa é de R$ 107.
Segundo ele, a permanência de banhistas nas areias da praia só deve ser permitida após a vacina contra a Covid-19.
“Nós esperamos que a vacina chegue bem antes disso (do verão). Esses locais em que não dá para ficar de máscara tendem a ficar para depois da vacina”, afirmou Crivella.
Nesta nova fase continua permitida a prática de atividades esportivas individuais nas praias, mas a permanência de banhistas na areia está proibida.
5 de julho – Movimentação de banhistas na praia do Leme, na zona sul do Rio de Janeiro, neste domingo (05) — Foto: Ellan Lustosa/Código19/Estadão Conteúdo
O primeiro estágio da terceira etapa permite que bares e restaurantes sirvam clientes nas mesas, libera mais atividades na areia e permite reabertura de academias.
Há, no entanto, regras que a população deve cumprir. “A fase três tinha um impacto significativo, por isso a dividimos em duas etapas.”
Atualmente, 71,6% de leitos de UTI da rede pública e 89% dos leitos de UTI da rede privada estão ocupados.
“A rede privada tem uma grande velocidade de mobilizar é desmobilizar a oferta de leitos”, destacou Flávio Graça, superintendente fiscal da Vigilância Sanitária, enfatizando que vários hospitais já desmobilizaram alas para os pacientes com Covid-19.
20 de junho – Movimentação nas praias do Rio de Janeiro, neste sábado(20) — Foto: Gilvan De Souza/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
De acordo com Graça, há uma curva decrescente de óbitos no Rio, com pequena variação de uma semana para outra. “Números de casos notificados por síndrome gripal, apesar de já estamos no inverno, estão diminuindo. A partir do início do plano de retomada, a ocupação de leitos só caiu”, afirmou o superintendente.
Para a prefeitura do Rio, o aumento da circulação de pessoas nas ruas não tem causado reflexo no número de casos e está dentro do planejamento.
“O disk-aglomeração caiu de 12,3 mil chamados antes da fase 1, para 2 mil chamados”, ressaltou Graça, que acredita que os indicadores estão favoráveis para adotar até a fase 6.