Estado pede que se evitem aglomerações nas praias de SP: ‘Tudo que não precisamos’

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As novas medidas restritivas do Governo de São Paulo, anunciadas nesta sexta-feira (22), determinam o fechamento dos parques do estado, mas as praias continuarão abertas no litoral paulista. A situação abre a possibilidade de um aumento do movimento de turistas na Baixada Santista e da transmissão do novo coronavírus. O Centro de Contingência da Covid-19 recomendou que as praias sejam utilizadas apenas para atividades físicas individuais, com critério, e afirmou que medidas mais restritivas poderão ser implantadas.

Marco Vinholi, secretário estadual de Desenvolvimento Regional, disse nesta sexta-feira que a recomendação é para que as pessoas façam apenas atividades individuais nas praias, e pediu atenção aos prefeitos da cidades litorâneas.

“É fundamental a atenção, a cautela, a responsabilidade dos gestores públicos municipais. Fica evidente com esses números que aglomerações de fim de ano impulsionaram o crescimento em todo o Estado de São Paulo”, disse Marco Vinholi.

João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19, disse que muitos setores da economia estão fazendo sacrifício, neste momento, para conter a pandemia, e isso não pode ser prejudicado por aglomerações nas praias.

“É tudo o que nós não precisamos, é tudo o que nós não queremos. Se as pessoas não se derem conta disso, esse acúmulo nas praias, que poderia ocorrer nos próximos fins de semana, vai ser um movimento que vai ocasionar a necessidade de medidas mais intensas, maiores restrições nas próximas semanas”, disse ele.

Gabbardo reafirmou que a recomendação é para que as pessoas façam apenas atividades físicas nas praias, mas que não permaneçam na faixa de areia. Segundo ele, as aglomerações na orla aumentam a transmissão do novo coronavírus.

“O que nós recomendamos para as praias, apesar de ser ao ar livre, é que as pessoas usem com critério essa possibilidade. Façam a sua atividade física, a sua caminhada, de preferência com máscara. Faça sua atividade durante determinado período, mas não permaneça na praia. O uso de cadeiras, de guarda-sol, a possibilidade de famílias se aglomerarem na praia aumenta dramaticamente a possibilidade de contaminação”, disse Gabbardo.

Coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 falou sobre a questão das praias nesta sexta-feira — Foto: Reprodução/Governo do Estado de SP

Coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 falou sobre a questão das praias nesta sexta-feira — Foto: Reprodução/Governo do Estado de SP

Baixada Santista

 

A Baixada Santista saiu da fase amarela e voltou para a laranja, mais restritiva, do Plano São Paulo. Porém, agora, com novas regras, implantadas desde 8 de janeiro.

Na etapa laranja, academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias, escritórios e parques estaduais podem funcionar por até oito horas diárias, com atendimento presencial limitado a 40% da capacidade e encerramento às 20h. O consumo local em bares está totalmente proibido.

A venda de bebidas alcoólicas no comércio varejista só pode ocorrer entre 6h e 20h. Somente a partir da fase verde, a mais branda, é que essa comercialização poderá voltar a ser feita sem as restrições atuais.

Os índices divulgados pelo estado mostram que houve um aumento nas taxas de novos casos, novas internações e novos óbitos por cada 100 mil habitantes na Baixada Santista.

Novo mapa mostra 78% da população do estado na fase laranja, 22% na fase vermelha e nenhuma região nas fases amarela e verde — Foto: Governode São Paulo/Divulgação

Novo mapa mostra 78% da população do estado na fase laranja, 22% na fase vermelha e nenhuma região nas fases amarela e verde — Foto: Governode São Paulo/Divulgação

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