Faixa de areia das praias ficará interditada por 14 dias, diz Eduardo Leite sobre novas regras

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Vendo o número de casos de coronavírus aumentar a cada dia, o governo do Rio Grande do Sul determinou novas regras de enfrentamento à pandemia para municípios classificados com bandeira vermelha (risco alto). No total, 19 das 21 regiões estão incluídas nesta classificação. As novas regras, que incluem restrição de horários e de atividades, foram publicadas em decreto nesta segunda-feira (30).

As medidas valem por duas semanas, até o dia 14 de dezembro. O objetivo, com isso, é frear a aceleração do contágio.

Uma das novas regras inclui a proibição da permanência de pessoas em locais públicos abertos, sem controle de acesso. Nessa lista, estão incluídas parques e a faixa de areia das praias. Segundo o governador Eduardo Leite, não será permitido nem mesmo permanecer na orla com a família ou sozinho:

— O calçadão para a prática de atividades físicas fica liberado. O que estamos interditando é o uso da areia. A Brigada Militar está sendo orientada para que a gente tenha atuação coibindo aglomerações. Quando a pessoa para na areia, geralmente tem comida, bebida, reúne-se gente, tem pessoas sem máscara interagindo, e isso significa contatos e maior exposição e risco de contágio ao vírus.

Conforme o governador, a faixa será interditada porque não é possível fiscalizar com precisão quem está acompanhado de pessoas de sua convivência e quem está em grupos maiores:

— Temos um limite da capacidade de controle do nosso efetivo policial. Eu teria que colocar um forte efetivo policial para saber se está andando só com o filho, com a família, se teve aglomeração, se não teve. Então, faixa de areia interditada, para que a gente possa ter maior possibilidade de controle, por 14 dias. É o que estamos pedindo à população — disse, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta terça-feira (1º).

O governador disse entender os motivos que levam às pessoas a ir às ruas: dias mais quentes e longos, cansaço dos meses de pandemia, proximidade do fim de ano e perspectiva de vacina, o que traz sensação de “final” da circulação. No entanto, destacou que a colaboração das pessoas é essencial:

— A gente precisa da colaboração de todos para evitar o crescimento para além da capacidade de atendimento. A gente dobrou o número de leitos de UTI no Estado, a gente continua abrindo novos leitos, mas há um limite de capacidade. Não é só a estrutura física. Há um limite de recursos humanos, e as equipes existentes estão muito pressionadas pela demanda crescente. Não é infinita a capacidade de ampliação do sistema de saúde.

Segundo a Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte), as prefeituras devem cumprir a decisão do governo do Estado. O objetivo é se adequar agora para evitar medidas mais duras no início do verão:

— Os municípios vão procurar se adequar ao governo. Vamos trabalhar com a sociedade para que a população seja orientada, e não repreendida — afirma o prefeito de Xangri-Lá, Cilon Rodrigues da Silveira, que responde temporariamente pela associação.

Restrições podem ser ampliadas

Pelos próximos 14 dias, festas de fim de ano devem ser suspensas. A medida abrange comemorações de resultados de empresas, amigos secretos e festas de família, entre outras. No entanto, se o contágio seguir acelerado, o governador cogita a possibilidade de as restrições serem prorrogadas:

— Se chegarmos daqui a 15 dias e observarmos ainda crescimento, bom, temos que estender as restrições para datas específicas do final do ano, como o Réveillon. Mas desde já, é fortemente recomendado que não se programe festas de shows para o Réveillon, tendo em vista que, mesmo que a gente consiga ter estabilização e até redução de contágio e internações, muito provavelmente não sairão muito do patamar que estamos vivendo.

 

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