Galinhos, no Rio Grande do Norte, é uma península. Isso significa que a cidade é banhada pelas águas do mar por quase todos os lados. No destino, a 170km de Natal, o turista encontra um farol à beira-mar, praias isoladas, uma montanha de sal, dunas, um mangue cheio de vida e bastante sol e vento.
O Descubra o Brasil vai apresentar nos próximos três meses destinos que já estão no radar dos viajantes que buscam roteiros diferentes, mas que merecem ser mais conhecidos.
O pequeno município fica na região conhecida como Polo Costa Branca – nome que faz referência tanto às dunas quanto às montanhas de sal criadas por empresas de extração de sal, ambas abundantes neste pedaço do Rio Grande do Norte.
O melhor jeito de chegar a Galinhos é pegar duas horas de estrada desde a capital potiguar (pelas BR-406 e RN-402) e depois cruzar um braço de mar que banha a cidade.
— Foto: Prefeitura de Galinhos/Reprodução
— Foto: Prefeitura de Galinhos/Reprodução
Os turistas deixam os carros em um estacionamento público, com segurança 24h, e pegam um barco no porto de Pratagil. A travessia leva apenas 10 minutos e acontece diariamente a cada meia hora.
Ao desembarcar, o visitante se depara com um lugar onde carros comuns não circulam. Você tem a opção de contratar um burro-táxi: charretes usadas para ajudar os visitantes no transfer do píer até sua hospedagem. É que em Galinhos só é possível se locomover com veículos 4×4, buggy ou nas charretes de tração animal
Com menos de três mil habitantes e muito espaço nas areias para você se isolar, o município tem 57 anos de fundação. Até o início dos anos 60 ele era um distrito de São Bento do Norte, outra cidade da região. Emancipado em 1963, Galinhos tinha sua economia baseada na pesca e na extração de sal. Foi só nos últimos anos que a vocação para o turismo passou a ser mais notada.
Uma das atrações do lugar é o fotogênico Farol de Galinhos. Seja na maré baixa, quando você pode chegar bem pertinho, ou na maré alta, quando o Farol desponta no mar, vale dedicar alguns cliques para registrar o cenário – principalmente na hora do pôr do sol.
— Foto: Prefeitura de Galinhos/Reprodução
— Foto: Prefeitura de Galinhos/Reprodução
Buggies e charretes fazem esse trajeto, mas você também pode optar por caminhar pela orla, dependendo da sua localização e disposição para caminhada.
Barcos cruzam as águas, circundando a cidade, para apresentar belezas naturais e outras curiosidades locais. É a chance de ver de perto o manguezal rico em vida, as dunas da região e a grande montanha branca da salina instalada na cidade há mais de 50 anos.
— Foto: Prefeitura de Galinhos/Reprodução
— Foto: Prefeitura de Galinhos/Reprodução
Outra opção para conhecer toda a região é contratar os passeios de buggy. Eles percorrem a orla e dunas de Galinhos.
Como a água que abastece Galinhos tem uma concentração maior de sal, é comum encontrar nos banheiros dos hotéis da cidade dois chuveiros – um deles improvisado, com água mineral, para os hóspedes finalizarem o banho.
Veja a seguir outros destaques de Galinhos:
Entre pousadas, hotéis e casas de aluguel, Galinhos tem 26 opções de hospedagem, com 496 leitos. São 8 restaurantes e 20 trailers de food truck servindo principalmente peixes e frutos do mar, mas você encontra na cidade até uma pizzaria.
Galinhos tem 45 charretes, 20 buggys e 45 barcos de passeio cadastrados para oferecer passeios aos visitantes.
Apesar de todos os estabelecimentos locais aceitarem cartão, é recomendado levar algum dinheiro em espécie, já que a cidade não possui caixas eletrônicos nem agências bancárias.
Há apenas uma lotérica e correspondentes bancários do Bradesco e Banco do Brasil. As operadoras de celular Claro e Vivo tem bom sinal 4G no local. Para as demais, o sinal é o de 3G e pode oscilar de acordo com a localização.
Para garantir a segurança sanitária em tempos de pandemia, a cidade criou o selo Galinhos Destino Seguro, com algumas exigências para o setor turístico. Além de higiene redobrada, há a preocupação em se manter o distanciamento social. Assim, barcos, buggies e charretes têm transportado um número reduzido de pessoas por vez.
Por enquanto, apenas os visitantes com comprovação de hospedagem ou passeios agendados junto à Secretaria de Turismo da cidade estão liberados para acessar a península, entre 8h e 18h. Duas barreiras sanitárias na cidade verificam a temperatura corporal de cada visitante que chega e dão orientações gerais, como o uso constante de máscara, por exemplo.