Mesmo após os protestos realizados por barraqueiros e ambulantes das praias de Porto de Galinhas e Muro Alto nesta semana, as praias ipojucanas foram esvaziadas nesta sexta-feira. Tais profissionais são impedidos de atuar por decreto estadual, assinado na tentativa de reduzir o risco de aglomerações e contaminação por Coronavírus nos locais.
No final da tarde desta quinta-feira (20) a prefeita do Ipojuca, Célia Sales, solicitou uma reunião com os representantes das duas categorias orientando que, além da notificação às associações pelo descumprimento do decreto estadual acarretaria em consequências em suas licenças de atuação no município. De acordo com a assessoria da cidade, há a tentativa de “sensibilizar o Governo do Estado para acelerar a volta das atividades do comércio no litoral ipojucano”, uma vez que “Ipojuca tem apresentado índices de contaminação em queda e atingiu a marca de 29 dias sem óbito por COVID-19”.
A Prefeitura do Ipojuca ao Ministério Público se reuniram, nesta sexta (21), para discutir a volta destes comerciantes. Estiveram presentes a Procuradoria do município, o secretário de Defesa Social do Ipojuca, Osvaldo Morais, o secretário de Meio Ambiente e Controle Urbano, Erivelto Lacerda, e os presidentes das Associações dos Barraqueiros e dos Ambulantes, Gisélia de Lima Santos e Carlos Nunes de Souza, respectivamente. Na ocasião, a promotora Márcia Maria Amorim de Oliveira, reforçou a importância do cumprimento do decreto estadual explicando sobre as penalidades. Foi informada pelo procurador do Ipojuca sobre os bons dados epidemiológicos do município e sobre o protocolo sanitário municipal bem como as capacitações que a Prefeitura fez com as categorias para a volta das atividades.
Os representantes das associações informaram que entraram com uma ação civil pública contra o estado, mas se comprometeram a retirar quando o governo estadual anunciar a data que eles poderão retomar o comércio nas praias. Eles lembraram que Ipojuca foi o primeiro município a interditar as praias, antes do decreto estadual, por isso estão a mais tempo sem renda. E que o Benefício Eventual Municipal de R$ 500 concedido pela Prefeitura é o que vem dado condições de comer. A promotora do MP se comprometeu em entrar em contato com o Gabinete de Crise do MPPE para solicitar apoio junto à demanda dos barraqueiros e ambulantes. Durante a coletiva de imprensa do governo do estado concedida, quinta (20) foi anunciado que a volta do comércio nas praias passou da etapa 10 para a 8, mas não foi definida a data em que o retorno aconteceria efetivamente.