No mesmo dia em que divulgou que todas as regiões catarinenses estão em risco gravíssimo para a Covid-19, a Secretaria de Estado da Saúde publicou a portaria número 1000/2020, que autoriza a ocupação de praias, rios e lagos, com regras. No mesmo Diário Oficial do final da noite de quarta-feira (23), também foram publicadas mais normas para parques aquáticos, museus, bibliotecas feiras, congressos, igrejas e templos.
Confira as regras mais importantes abaixo.
Antes, a ocupação de espaços públicos de uso coletivo, como as praias, estava suspensa nos níveis gravíssimo e grave, só sendo permitida a prática de esportes individuais.
Outras portarias publicadas no Diário Oficial do Estado estabelecem regras para o funcionamento de algumas atividades, de acordo com a classificação da região no mapa de risco da Covid-19 (veja imagem do mapa atual abaixo). Clique em cada atividade para ler a portaria completa.
As regras para museus foram relaxadas em relação às publicadas no decreto de sexta (18).
Matriz de Risco atualizada em 23 de dezembro de 2020. Todas as regiões estão em risco gravíssimo para Covid-19. — Foto: Secretaria de Estado da Saúde (SES)
Parques aquáticos e complexos de águas termais
Museus
Sem restrições relacionadas à ocupação do local. Todos devem usar máscara e deve ser verificada a temperatura de trabalhadores e visitantes na entrada.
Igrejas e templos religiosos
Bibliotecas
Sem restrições relacionadas à ocupação do local. Todos devem usar máscara e deve ser verificada a temperatura de trabalhadores e visitantes na entrada.
Feiras, exposições e leilões
Congressos, palestras e seminários
Algumas das regras relaxadas no decreto de sexta e a norma que autorizou a ocupação de 100% da capacidade dos hotéis e pousadas foram alvo de decisão judicial. Segundo a Justiça, as flexibilizações recentes não têm “motivação técnico-científica”.
Dessa forma, a 2ª Vara da Fazenda Pública de Florianópolis determinou na terça (22) que o governo de Santa Catarina retome um grau anterior de restrições em relação ao funcionamento de hotéis e pousadas, casas noturnas, cinemas e teatros e eventos sociais.
A Procuradoria-Geral de Santa Catarina informou na quarta (23) que vai recorrer da determinação judicial. O governador Carlos Moisés (PSL) afirmou em entrevista ao Jornal do Almoço na quarta que “Entendemos que ela [decisão] precisa ser revisada e reformada. Entendemos que a atitude do governo é correta no sentido de regrar e também de dividir a responsabilidade com as pessoas”.
As flexibilizações foram criticadas por entidades integrantes do Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), que fazem os boletins diários sobre a Covid-19 no estado e o mapa de risco. Segundo a instituição, o executivo não tem seguido as orientações dos técnicos de saúde.
Em um documento divulgado pelo Coes no domingo (20), o grupo afirma que as medidas causarão aglomerações. A lotação dos leitos de terapia intensiva (UTI), o número de regiões em risco gravíssimo e “o pico mais alto da pandemia (em SC) desde o início das medidas de contenção da doença, em março” também é mencionado no texto.
O estado tem 472.199 casos confirmados de Covid-19, com 4.885 mortes, de acordo com o boletim do governo do estado divulgado na noite de quarta (23).