Proibição de som ao vivo ou mecânico em praias, bares e restaurantes de Pernambuco entra em vigor nesta sexta

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A partir desta sexta-feira (15), o governo de Pernambuco proibiu som, ao vivo ou mecânico, em bares, restaurantes, praias, boates ou outros locais que possam provocar a aglomeração de pessoas. A medida é válida por 30 dias e, segundo o governo estadual, a decisão foi tomada devido ao aumento no número de casos graves da Covid-19

Na quinta-feira (14), os 963 leitos de UTI para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave estavam com taxa de ocupação de 82%. Em 14 de dezembro de 2020, o estado tinha 894 leitos de UTI, cuja ocupação era de 83%. Apesar de o percentual ser maior em dezembro de 2020, havia 69 leitos de UTI a menos no estado. O estado não divulga o número de pessoas internadas.

Na quarta (13), o secretário André Longo havia dito novamente que o governo poderia voltar a fechar as praias em caso de novas aglomerações durante o fim de semana. Nesta sexta (15), o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, afirmou que a fiscalização seria intensificada.

Quatro bares foram interditados durante as ações do Procon e do Corpo de Bombeiros para verificar cumprimento do protocolo contra a Covid-19 nos dias 8 e 9 de janeiro. No fim de semana anterior, foram ao menos três locais.

Praia de Casa Caiada, em Olinda, teve muitos frequentadores no dia 10 de janeiro — Foto: Reprodução/TV Globo

Praia de Casa Caiada, em Olinda, teve muitos frequentadores no dia 10 de janeiro — Foto: Reprodução/TV Globo

“As pessoas estão vendo o que está acontecendo no Rio de Janeiro. Mais grave ainda o que está acontecendo no Amazonas. Nós não vamos chegar a esse nível. Vamos fortalecer, ampliar e, infelizmente, endurecer a fiscalização”, disse.

Com a possibilidade de um novo fechamento de praias em Pernambuco, a representante da associação de barraqueiros, Josy Miranda, fez um apelo para que a população cumpra os protocolos de segurança para evitar a suspensão das atividades comerciais de quem trabalha na orla.

“É preocupante, porque se fechar a areia, fecham automaticamente os quiosques. Não é isso que a gente quer. A gente faz um trabalho de conscientização, mas é impressionante como as pessoas são aplaudidas pelo mal que fazem a elas mesmas. As pessoas que trabalham na areia são pais de família. Enquanto a vacina não chega, se conscientizem, pelo amor de Deus. A gente não pode ser penalizado por atos de pessoas inconsequentes”, afirmou.

Além de falar da proibição de aglomerações em praias, o secretário também falou que, no que diz respeito às aglomerações em ônibus que circulam na Região Metropolitana, cabe ao Grande Recife Consórcio de Transporte adotar medidas para impedir a situação.

“É preciso deixar bem clara uma questão: o ônibus, por estranho que pareça, não é o maior causador, não é um vetor importante da contaminação, porque você tem o contágio, a contaminação, pelo tempo que você permanece. As pessoas ficam pouco tempo no ônibus”, disse Pedro Eurico.

Segundo quem depende do transporte público, os percursos para o trabalho ou para outros compromissos são longos. No caso do vigilante Levy Melo, que mora no Curado, em Jaboatão dos Guararapes, e vai ao Centro do Recife, são cerca de duas horas de viagem usando o ônibus ou o Metrô do Recife.

“Pegando a BR-101 e a Abdias [de Carvalho], gasto quase duas horas para o Centro. Quando pego o Metrô, é só a misericórdia. É um absurdo. É aglomeração, é a população revoltada, muitos não estão usando máscara”, disse.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco, Marcelo Bruto, o estado tem tentado manter a oferta de coletivos maior do que a demanda de passageiros. “Hoje, por exemplo, a demanda é de 60% e a oferta é de mais ou menos 74% do que rodava antes da pandemia. Estamos tentando passar um pouco mais de tranquilidade para as pessoas”, disse.

“É um problema estrutural que o sistema tinha antes da pandemia e se acentuou. A gente tem tentado usar todos os recursos de que a gente dispõe para ter um serviço melhor, dentro do volume de recursos que a gente tem”, afirmou Bruto.

Coronavírus em Pernambuco

 

Veja evolução de mortes e casos de Covid-19 em Pernambuco

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Foram confirmados, na quinta-feira (14), 1.412 casos e 27 óbitos por Covid-19 em Pernambuco. Com esse acréscimo, o estado passou a totalizar 237.453 infectados pelo novo coronavírus e 9.946 mortes devido à pandemia, números que começaram a ser registrados em março de 2020.

 

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