Moluscos conhecidos por ‘Dragão azul’ são encontrados por banhistas no Litoral de SC

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Moluscos conhecidos por 'Dragão azul' são encontrados por banhistas no Litoral de SC

Um tipo de molusco conhecido como dragão azul tem aparecido no Litoral de Santa Catarina. No fim de semana ele foi visto por banhistas nas praias de Balneário Gaivota, Balneário Arroio do Silva, Balneário Rincão e na praia de Esplanada, em Jaguaruna. Já em Florianópolis, foram encontrados pelo menos 15 no trecho de um quilômetro na praia da Barra da Lagoa na manhã desta quinta-feira (6).

Como se alimenta principalmente de águas-vivas, o dragão azul pode provocar queimaduras, mas o Corpo de Bombeiros não confirmou se neste verão houve ocorrências envolvendo o molusco.

“Não soubemos de acidentes aqui no Litoral de Santa Catarina, mas há registros na literatura que se ele comer a carevela portuguesa pode causar queimadura, vai depender do que ele comeu. Eles estão aparecendo esta semana aqui em Santa Catarina, mas não há como saber se é mais ou não que em anos anteriores, pois não havia um registro histórico. É um molusco sem conchas e usa a toxina da água viva para se proteger”, explica o professor Alberto Lindner, responsável pelo laboratório de Biodiversidade Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Everaldo Pereira, que mora no Sul do estado, desconfia que a neta de 10 anos foi vítima do dragão azul quando tomava banho de mar em Arroio do Silva. “Ela foi picada por alguma coisa na água, saiu um risco grande na perna dela e na hora tive de levar ela embora porque a ardência era forte”, disse.

“É Glaucus atlanticus, conhecido por lesma do mar ou dragão azul, e ocorre na costa da Europa, África, água subtropical e tropical. Provavelmente com desvio de correntes marítimas ou mudança de ventos, a massa de água encostou e trouxe eles”, explica Lauro Henrique Búrigo, oceanógrafo.

Dos 15 animais encontrados na Barra da Lagoa, a maioria estava morta. Quatro dos que estavam vivos foram levados para a UFSC e estão sendo mantidos vivos em laboratórios para registros. Eles têm entre três e quatro centímetros.

A equipe da UFSC deve continuar monitorando a situação. “Dependendo da quantidade de vento e ondulação, eles chegam mais próximos da costa e acabam encalhando na praia. De vez em quando acontece, mas não é todo dia que vamos encontrá-los na praia”, reforça Lindner.

A recomendação é que os banhistas não mexam nos animais quando encontrá-los na areias. Geralmente, o dragão azul, assim como águas -vivas, encalham ainda vivos e depois acabam morrendo. “Não se deve mexer neles, não tocar. E não precisa sair matando”, diz o oceanógrafo Lauro Búrigo, da EducaMar, uma organização não governamental que faz monitoramento de praias.

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